Agricultores denunciam ataques de seguranças da Vale em fazenda invadida em Parauapebas, no Pará

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Marcas de balas de borracha em trabalhador rural após ataque de seguranças da Vale — Foto: Reprodução/ Twitter MST

Segundo agricultores, agentes invadiram o local e atiraram com balas de borracha em dezenas de pessoas. Vale informou que acampamento funcionava em área de propriedade da empresa e que os agentes foram recebidos a tiros de arma de fogo.

Um grupo de agricultores que vive na zona rural de Parauapebas, sudeste do Pará, denunciam que foram agredidos por seguranças que prestam serviço para a mineradora Vale. De acordo com os agricultores, no último domingo (21) os seguranças invadiram o assentamento, que fica numa região conhecida como Fazenda Lagoa, e atiraram com balas de borracha. Dezenas de pessoas teriam ficado feridas na ação.

Ainda segundo os agricultores, as instalações elétricas que existiam na comunidade também foram destruídas pelos seguranças. Parte dos acampamentos teriam sido desmontados pelos agentes e crianças, mulheres e idosos estariam entre as vítimas do ataque.

agricultor2Trabalhadora com marcas após ataque de seguranças no Pará — Foto: Reprodução/ Twitter MST

Procurada para comentar o caso, a Vale informou que houve uma intervenção da segurança contratada pela empresa no domingo (21). Cerca de 40 pessoas que, segundo a Vale, receberam os agentes de segurança a tiros de arma de fogo. Este grupo já ocupava irregularmente uma área de propriedade da empresa e teriam ingressado em outro terreno da mineradora para instalar postes de energia elétrica de forma clandestina.

Ainda de acordo com a Vale, a atitude dos agricultores fez “a equipe de segurança realizar o desforço imediato”. Segundo a mineradora, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros também foram imediatamente acionados.

Sobre a relação entre a Vale e os agricultores, a empresa informou que vinha mantendo diálogo desde maio com o grupo, a fim de alertar e remover os integrantes do acampamento. A Vale completa informando que acompanha o caso e aguardará a conclusão das investigações pelas autoridades, a quem compete a apuração dos fatos.

Veja a nota completa da Vale

A Vale informa que no domingo, 21/6/20, a sua equipe de segurança foi recebida a tiros de arma de fogo por um grupo de aproximadamente 40 pessoas que ocupam irregularmente área de propriedade da empresa denominada Fazenda Lagoa, no município de Parauapebas.

O registro está no boletim de ocorrência número 0071/2020.103382-8, registrado na Polícia Civil de Parauapebas nesta segunda-feira, 22 de junho. A segurança da empresa foi chamada depois que o grupo invadiu área da empresa e tentou instalar postes para ligação clandestina de energia elétrica no local.

Após várias horas de diálogo na tentativa de convencer o grupo a paralisar a ação ilegal, os seguranças iniciaram a operação de desforço imediato utilizando os meios necessários não letais e em legítima defesa. A Polícia Militar e os bombeiros foram imediatamente acionados para controlar a situação e prestar o atendimento médico. A Vale acompanha o caso e aguardará a conclusão das investigações pelas autoridades, a quem compete a apuração dos fatos.

A Vale vem mantendo diálogo com a comunidade l, que desde 2015 ocupa a Fazenda Lagoa l, de propriedade da empresa. A área integra processo de reintegração de posse com decisão judicial favorável à Vale, determinando que os invasores deixem o imóvel. Com a nova ação realizada, o movimento descumpre também acordo firmado com a interveniência do INCRA, de não promover invasões.

Desde abril, a empresa se reúne com o grupo de invasores para alertá-los de que invasão de propriedade privada, bem como instalação clandestina de energia são crimes, além de apresentarem alto risco de saúde e segurança para os membros da comunidade, como choque de alta voltagem e risco de incêndio.

Por G1 PA — Belém

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