Após morte de garimpeiro por ação da PM, manifestantes bloqueiam entrada da mineradora Vale no Pará

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Jesiael da Silva Lucena foi morto durante ação militar na última quarta (13). Familiares dizem que empresa teria feito denúncia à PM. Portaria já foi liberada, segundo mineradora.  (Foto:Reprodução)

Familiares e amigos de Jesiael da Silva Lucena, de 24 anos, garimpeiro morto durante uma ação da Polícia Militar na última quarta (13), iniciaram um protesto bloqueando uma das entradas do Projeto Salobo, pertencente à mineradora Vale, desde segunda (18).

O local da manifestação é em Parauapebas, no sudoeste do Pará, e já foi liberado na tarde desta terça-feira (19), segundo a mineradora, após determinação judicial de desobstrução.
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A vítima foi morta pelos policiais na Floresta Nacional de Carajás, área de conservação ambiental administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em parceria com a mineradora. A morte foi próximo ao rio Azul, na região da Vilsa Sansão, área que fica em Marabá. O enterro foi no sábado (16) em um cemitério de Parauapebas.

Sobre o caso, a Polícia Militar (PM) afirmou que os agentes atenderam a uma denúncia de roubo e ameaças e foram recebidos a tiros. Jesiael atuava com garimpo ilegal e estava entre os suspeitos. Ele foi atingido pelos disparos da PM, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo a corporação, outros quatro suspeitos que estavam com Jesiael foram apresentados na Delegacia de Polícia Civil (PC) junto com duas espingardas de fabricação caseira, materiais usados na confecção de munições e uma porção de maconha.
Testemunhas e familiares alegam que Jesiael não estava envolvido em roubo algum e que não teria recebido a guarnição a tiros.

Eles realizam o protesto em frente a portaria N1, do Projeto Salobo, próximo à Vila Sansão, na zona rural de Parauapebas, para cobrar um posicionamento da Vale, responsável pela área em que o garimpeiro foi morto.

Ainda segundo a família, teria sido a empresa que fez a denúncia referente aos suspeitos. Em nota, a mineradora afirmou que “repudia ameaças, atos de invasão ou obstrução de vias públicas, que impedem o direito de ir e vir dos empregados”.

A Vale ainda pontuou que “adotou as medidas legais cabíveis e reiterou que a Floresta Nacional de Carajás é Unidade de Conservação Federal de proteção ambiental de uso sustentável”.

Responsável pela área, o ICMBio ainda não se manifestou sobre o assunto.

Parte da área do Projeto Salobo. — Foto: Vale
Parte da área do Projeto Salobo. — Foto: Vale

Por:Jornal Folha do Progresso em 21/07/2022/10:26:13

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