Trabalho infantil tem queda, mas número de crianças trabalhando ainda é grande no Pará, aponta Dieese

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Número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade ocupados em 2014 era de 223.998 pessoas e caiu para 168.421 em 2015.

Um estudo divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Dieese/PA, tendo como fonte o IBGE através das PNAD/2014 e 2015, sobre o trabalho de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, revelou queda no trabalho infantil no Pará e na Região Norte. Apesar disso, o número de crianças e adolescentes que ainda estão ocupadas, muitas das vezes sem nenhum tipo de remuneração, ainda é grande.
Em todo o Brasil, a população residente crianças e adolescentes de 5 a 17 anos somava 40.763.882. O número de crianças e adolescentes ocupados, no período analisado, alcançava 2.671.893 pessoas, ou seja, 6,55% de crianças e adolescentes residentes no país estavam trabalhando.

O número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade ocupados em 2014 era de 408.327 pessoas e recuou para 311.102 pessoas em 2015, com uma queda de 23,81%. Na análise por faixa etária da Região Norte, o maior percentual de queda se deu na faixa de idade 5 a 9 anos, com recuo de 37,65%, seguida da faixa de 10 a 14 anos, com recuo de 37,48% e na faixa de 15 a 17 anos (adolescentes) o recuo foi de 15,12%.

No caso especifico do Pará, o número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade ocupados em 2014 era de 223.998 pessoas e caiu para 168.421 pessoas em 2015, com recuo de 24,81%. Na análise por faixa etária do Pará, o maior percentual de queda se deu na faixa de idade 5 a 9 anos, com recuo de 41,37%, seguida da faixa de 10 a 14 anos, com recuo de 38,52% e na faixa de 15 a 17 anos (adolescentes) com recuo de 14,35%.
Para o Dieese, os fatores que contribuem para que o trabalho infantil ainda apresente números expressivos não só no Pará, mas em todo o Brasil, passam pela baixa remuneração das famílias desses jovens e também pela falta de melhores oportunidades para os pais.

A análise feita sobre a atividade principal de crianças e adolescentes, por sexo, mostra que do total de 311.102 pessoas ocupadas na Região Norte, a maioria 156.780 (50,4%) trabalhava em serviços agrícolas, sendo 79,3% homens e 20,7% mulheres e o restante 154.322 (49,6%) em serviços não agrícolas, sendo 62,7% homens e 37,3% mulheres.

No Estado do Pará, de um total 168.421 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, cerca de 85.426 (50,7%) estavam ocupadas no trabalho agrícola, sendo 82,3% homens e 17,7% mulheres, e o restante 82.995 (49,3%) trabalhavam no setor não agrícola, sendo 63,9% homens e 36,1% mulheres.
Segundo o Dieese, o trabalho infantil continua com indicadores preocupantes, mesmo com todos os esforços efetuados por grande parte de entidades da sociedade e de algumas políticas públicas voltadas para a situação. As flutuações de redução e de alta no trabalho infantil, ao longo dos últimos anos estão também vinculadas ao próprio desenvolvimento da economia com suas altas e baixas.

Fonte: G1 PA.
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