Às vésperas do Carnaval, usuários reclamam de falta de maconha em Pernambuco

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Pé de maconha (Foto:Pixabay/Creative Commons-Imagem ilustrativa)  – Falta da droga já foi manchete de jornal – Histórico: repressão na folia é antiga manchete de jornal com fala Hemeroteca Nacional

O aumento de ações de repressão próximo ao período carnavalesco não é novidade. Em cinco de fevereiro de 1972, a capa do jornal pernambucano Diário da Manhã trazia como manchete: “Carnaval não terá maconha”. O conteúdo da matéria pouco aprofundava a questão, mas o recado estava dado: as autoridades policiais iriam intensificar a repressão “ao uso e tráfico de entorpecentes, principalmente da maconha”.

Histórico: repressão na folia é antiga manchete de jornal com fala(Foto:Hemeroteca )Nacional
Histórico: repressão na folia é antiga
manchete de jornal com fala(Foto:Hemeroteca )Nacional

É a mesma guerra às drogas que já conhecemos, com expressões que beiram o ridículo. A criminalização da maconha esteve – e ainda está – associada a discursos e narrativas que ora demonizam a erva, ora criminalizam as pessoas envolvidas no tráfico. Não por acaso, a maioria massiva das pessoas expostas nos noticiários eram negras e pobres. Era preciso criar um inimigo, e ele nunca foi branco ou rico.

Mesmo em meio à narrativa hegemônica, já em 1972 também se falava na legalização da erva. É o caso de matéria publicada pelo jornal Diario de Pernambuco . Essa e outras matérias compõem a pesquisa do jornalista José Telles sobre os costumes do Recife. No livro Furtaram o dinheiro que a mundana juntava.

(Foto:Ilustrativa)
(Foto:Ilustrativa)

Falta de maconha é assunto comentado entre usuários de Pernambuco, que chegam a pagar até 40% a mais para consumo; apreensões bateram recorde em 2019

Todo ano é parecido. Chega perto do Carnaval, a maconha escasseia e fica mais cara. Nesse último mês foi diferente. A “massa” simplesmente sumiu. Em Pernambuco, o soltinho – produto plantado no estado – está difícil de ser encontrado desde a segunda quinzena de dezembro.

Pela cidade, as histórias se repetem. Usuários de décadas de repente se viram sem nem um baseado. Pessoas que fazem bolos e brisadeiros, também. Há quem pagou R$ 400 em 50 gramas da bodinho, uma maconha mais gourmet que geralmente sai por R$ 300, mas até ela chegou a faltar. Em muitos círculos, o aumento do preço do soltinho chegou a 40%.

Às vésperas do Carnaval, usuários reclamam de falta de maconha em Pernambuco
Falta de maconha é assunto comentado entre usuários de Pernambuco, que chegam a pagar até 40% a mais para consumo; apreensões bateram recorde em 2019.

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