Exportações de madeira do Pará caem 16,4% e revelam desafios econômicos e impactos globais no setor
Segundo Guilherme Carvalho, consultor técnico da Aimex, este resultado é semelhante ao cenário de 2021, quando os efeitos da pandemia de COVID-19 ainda impactavam fortemente a economia global. Naquele ano, o setor de madeira do Pará enfrentou desafios devido à integração dos sistemas de controle e monitoramento dos órgãos ambientais estadual e federal e ao aumento dos custos de frete, consequência da desestruturação mundial da rede de oferta e procura causada pela pandemia.
Outro fator que contribuiu para a retração foi a queda no preço por tonelada. Em maio deste ano, o preço recuou 7,83% em relação a abril, passando de US$ FOB 854/ton para US$ FOB 787,12/ton. Comparando com janeiro, a queda foi ainda mais acentuada, atingindo 26,73% (US$ FOB 1.074,38/ton).
O mercado europeu, responsável por 37,97% das importações de madeira do Pará no período analisado, também tem mostrado sinais de fraqueza devido à estagnação econômica e à alta inflação. No entanto, a Comissão Europeia prevê uma expansão gradual da economia para os próximos meses, com o PIB projetado para crescer 1,0% em 2024 e 1,6% em 2025. Em resposta, o Banco Central Europeu (BCE) iniciou um processo de flexibilização da política monetária, cortando os juros em 0,25 pontos percentuais no início de junho. A expectativa é que essa medida possa melhorar o consumo de madeira no continente.
Nos Estados Unidos, o maior importador de madeira do Pará (39,94% do valor entre janeiro e maio), o cenário permanece incerto quanto à redução das taxas de juros. O mercado de trabalho continua forte, com 272 mil novas vagas criadas em maio, superando a previsão de 185 mil vagas. Esse desempenho robusto, junto com o aumento dos salários por hora, tem dificultado a queda da inflação, o que por sua vez retarda a flexibilização da política monetária pelo Federal Reserve (Fed).
No Brasil, a valorização do dólar frente ao real, com um avanço de 2,40% e a cotação ao final de maio a R$ 5,2416/US$, aliado ao aumento dos juros futuros devido às projeções de inflação, contribui para a desvalorização do real frente ao dólar.
Apesar do cenário desafiador, o consultor técnico da Aimex, Guilherme Carvalho, avalia que, devido à relevância cada vez maior do debate sobre a finitude dos recursos naturais, o produto madeira tem excelentes perspectivas para o futuro, por ser um produto flexível, estruturalmente forte, é o carbono incorporado mais baixo de qualquer mercadoria comercialmente disponível, além de ser um recurso natural renovável e biodegradável.
“Por outro lado, o comércio de madeira tropical, é o caso do Pará, também sofre altos e baixos além da concorrência com a madeira tropical dos países africanos e do sudeste asiático. Entretanto, os recentes dados de recuperação da economia dos países importadores, com a expectativa de redução dos juros, sinalizam uma gradual melhora no consumo de madeira para os próximos meses, havendo a possibilidade de recuperação das exportações. É importante destacar que incertezas decorrentes do prolongamento da guerra entre Rússia e Ucrânia, e do conflito geopolítico no oriente médio são fatores de risco que podem afetar a economia mundial e mudar o atual cenário, podendo impactar ainda mais as exportações de madeira do estado”, observa Carvalho.
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