O Pará é o estado com o maior número de massacres no campo, segundo a CPT

image_pdfimage_print

Nos últimos 32 anos houve 45 massacres no campo e mais de 200 mortes em todo o Brasil. Só o Pará registra 26 massacres com 125 pessoas assassinadas. a Rede Amazônica de Clínicas de Direitos Humanos da UFPA solicitou uma audiência pública à OEA para tratar da violência no campo.

O Pará é o estado que registrou o maior número de conflitos agrários no Brasil. De acordo com os dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), ao todo, o Brasil regitra 45 massacres e mais de 200 mortes, em 32 anos. Só no Pará ocorreram 26 massacres com 125 pessoas assassinadas.

Por isso, a Rede Amazônica de Clínicas de Direitos Humanos da Universidade Federal do Pará (UFPA) solicitou uma audiência pública na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que integra a Organização dos Estados Americanos (OEA), para tratar dos conflitos de terra no Brasil, e, principalmente, no Pará.

“A gente está fazendo todo um levantamento, junto com a CPT, de todos esses dados de conflito no campo com morte. E mostrando que o Brasil não vem dando uma resposta adequada”, disse Valena Jacob, integrante da Rede Amazônica de Clínicas de Direitos Humanos da UFPA.

O caso mais recente de massacre no Brasil foi no município de Pau d’arco, no sul do Pará, em maio de 2017. Durante uma operação para cumprir mandados de prisão, com a participação de 29 policiais militares e civis, 10 trabalhadores rurais foram assassinados na fazenda Santa Lúcia. O inquérito está em andamento e a Polícia federal faz uma investigação paralela, que deve divulgar ainda neste mês de agosto o resultado da reconstituição do crime.

A CPT critica a atuação do Estado para combater os ataques no campo e cobra punição para os culpados de cometer os crimes.

“Menos de 10% dos crimes ocorridos contra os trabalhadores rurais, sejam os massacres, sejam aqueles cometidos contra as lideranças sindicais, de associações, se concluiu, que é no mínimo necessário para um julgamento na forma da lei a conclusão de inquéritos. Muitos, a maioria ficou pela metade. Outros nem se quer foram objetos de investigação policial. E os que foram levados a júri popular, a minoria muito insignificante”, falou o padre da CPT Paulo Joanil.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) informou que vem implementando ações de prevenção de conflitos agrários em todo o estado, e que já criou delegacias especializadas em Belém, Marabá e Redenção. E a previsão é criar outras três em Altamira, São Félix do Xingu e Itaituba. A Segup disse também que mantém, junto com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), o programa de proteção de defensores, que atende atualmente 53 pessoas.

Fonte: G1 PA.
“Informação publicada é informação pública. Porém, para chegar até você, um grupo de pessoas trabalhou para isso. Seja ético. Copiou? Informe a fonte.”
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981177649 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)   E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

%d blogueiros gostam disto: